segunda-feira, 28 de julho de 2008

CONTRAPONTO

O pouco tempo em que trabalhei como professor foi suficiente para confirmar o que já sabia: apenas 5% dos alunos fazem a diferença (de acordo com um texto que circula na Internet). Os outros 95% ocupam uma ampla faixa que vai de regular a ruim. A tarefa do docente é fazer com que essa massa de relapsos tenha êxito. Obviamente, ele fracassa em seus objetivos. Ou por culpa da turma (não seria turba?), ou por culpa própria. As percentagens acima continuam válidas para todos os profissionais. A tese não é minha, mas a endosso como verdadeira. Assim, apenas 5% dos professores são bons, capazes de propiciar a aprendizagem dos 5% de seus alunos. Certamente, o mau professor consegue diminuir esse índice, constituindo-se, por seu turno, na causa dos 95% atuais. Outros também são responsáveis pela situação educacional brasileira, como os pais, por exemplo. A percentagem dos pais que fazem a diferença era muito maior há três décadas. As últimas ingerências do Estado visam a beneficiar a grande maioria (quantidade que não redunda em qualidade). Em relação ao ingresso na universidade pública, o mérito intelectual continua sendo a forma mais justa, institucionalizada pelo próprio Estado. Os 95% de regulares a ruins continuarão a pagar cursinhos pré-vestibulares, dentro dos quais apenas 5% são bons a excelentes. Da mesma forma, pagarão rios de dinheiro para as universidades privadas* (dentro das quais...).
* Universal privado não configura uma contradição?

Um comentário:

Rúbida Rosa disse...

Parabéns amore, o texto ficou excelente, é a mais pura expressão da realidade.
bj