segunda-feira, 19 de maio de 2008

DORVAL BRÁULIO MARQUES

A Câmara de Vereadores de Santiago iniciou hoje sua "Semana do Parlamento" com uma palestra proferida pelo advogado e professor Dorval Bráulio Marques. O tema trazido para debate (que não houve, uma vez que o plenário preferiu ouvir apenas) foi A Mídia e o Parlamento. O palestrante começo dizendo que "todos nós sofremos a influência da mídia e os parlamentos também sofrem". A função da mídia é de blindar qualquer tentativa de desestruturação do sistema uniformizado por ela. Dessa forma, somos reféns dos meios de comunicação. Na seqüência, dissertou sobre a hipótese da Agenda Setting, criada por Maxwell McCombs e Donald Shaw, a qual defende que as pessoas conversam mais sobre assuntos que a mídia veicula. O ilustre professor, em seguida, complementa com outra hipótese, desenvolvida por Elisabeth Noelle-Neumann: a espiral do silêncio. Essa aprofunda a agenda setting ao afirmar que os meios não só determinam os temas sobre os quais se deve falar, como também impõem o que falar sobre esses temas. Como exemplo de influência da mídia no parlamento, ele citou o crime cometido por Guilherme de Pádua e Paula Nogueira Thomaz (sua mulher) em 22 de dezembro de 1992 contra a vida de Daniela Perez, atriz da Rede Globo. A pressão da mídia foi tanta que Brasília foi obrigada a votar uma lei que piorou o que de bom havia no sistema penal brasileiro: a lei dos crimes hediondos. Na relação entre mídia e parlamento, concluiu o Dr. Dorval Bráulio Marques, a comunidade precisa estar de olhos bem abertos e procurar saber o que não é veiculado.
Amanhã palestrará o comandante da 1ª Bda C Mec, General-de-Brigada Edson Leal Pujol.

Um comentário:

Rúbida Rosa disse...

Esse tipo de assunto surge tapando olhos e ouvidos dos cidadãos para outros fatos que acontecem paralelamente e que seriam de maior importância. No entanto, a mídia a serviço do sensacionalismo que dá ibope, e do poder que custeia os meios de comunicação, enche muitas "lingüiças" com um mesmo tema.Prejudicados somos todos nós enquanto eles se locupletam na inocente ignorância do povo ou na sua total falta de assunto.