domingo, 11 de maio de 2008

CRÍTICA NÃO-ANÔNIMA

Meu amigo Ivan Zolin comenta as postagens abaixo. Com relação a CONTRA AS COTAS, na qual escrevo que um dos líderes do Movimento Negro-Socialista declarou que era contra o sistema de cotas para negros, Ivan acha lamentável minha posição. O mais importante da postagem constitui a declaração de um negro brasileiro, líder do MNS, que, inteligentemente, é contra as cotas, explicando-se com a mesma razão em que me apóio desde o início das discussões. Repito: a política perpetua o racismo (que sempre existiu e que existe neste país, mesmo que brancos hipócritas façam campanha anti-racista). Os brasileiros são racistas, porque seus avôs eram racistas e os seus tetravôs, escravocratas. Não será a universidade que eliminará essa doença etnocêntrica.
Com relação ao pleito para presidente nos Estados Unidos, fiz uma brincadeira. Desta vez, penso que um democrata (Hillary ou Obama) ganhará de McCain. Discordo de que a política seja uma arte, embora a maioria dos políticos a trate dessa forma. Arte de enganar o povo (como escreve o Júlio Prates), arte de fraudar, arte de gastar o dinheiro público, arte de representar... Política deve ser ciência, meu amigo. O que faz Roberto Mangabeira Unger no governo?
Agradeço pela crítica (não-anônima).

2 comentários:

Ivan Zolin disse...

Froilam!

Mais uma vez lamento a sua posição!
Não me considero hipócrita e muito menos desprovido de inteligência (posso, e certamente ignoro muitos saberes, por falta de informações) pelo fato de defender a política de ações afirmativas (políticas de discriminação positiva). Essa política defende a igualdade material do direito, o STF está analisando esta matéria e deverá consagrar essa posição prevista no ítem terceiro do artigo terceiro da constituição federal. Deve ser lembrado que essas políticas são temporárias, é uma ação racional, capacidade de intervenção de uma sociedade para corrigir distorções que naturalmente não está acontecendo. Há algo de errado com uma sociedade que tem menos de três por cento de universitários negros enquanto que a população negra (segundo o IBGE negros e pardos)é mais de cinqüenta. Somos seres racionais ou não? Esse é um fator natural ou cultural, fatores externos determinam ou não esta situação? São boas perguntas para refletir. Vou enviar um texto para o seu endereço eletrônico com outros argumentos.
O seu "pré-conceito" se manifestou no texto quando afirma que o negro que é contra as cotas é um ser inteligente, pelo texto, então devo concluir que os demais que são favoraveis as chamadas "cotas" não são. Segundo quando conclui que pelo fato dos antepassados serem escravocratas (a maioria dos emigrantes europeus chegaram no Brasil após o fim da escravidão)também devemos ser. Ainda que meus antepassados, tetravôs ou até os pais tenham se beneficiados ou sejam racistas não implica em eu ser preconceituoso.
As Universidade sim são o local em que é possível haver um debate sobre este tema, ou não acredita na racionalidade que tanto defende? São as Universidades as formadoras da elite(no sentido de quadros preparados)dirigente de uma sociedade e são eles contribuem com a transformação de uma sociedade. Acredito que é só pela diversidade que uma sociedade pode melhorar, esse é o grande mérito da democracia, a convivências com o contraditório. Você que é militar sabe de quantos oficiais negros há, quantos generais, isso que as forças armadas foram as primeiras a adimitir negros nos seus quadros.
Quanto a política, fiz referência a "arte" no sentido que não tem um elemento determinante do agir humano. A separação entre ética (o agir bem, o supremo bem, o bom)e políticaa foi feito pela modernidade. A política tem como fim último o poder, qualquer reflexão a cerca disso é meio, até o "bem comum" está subordinado a luta pela egemônia. A racionalidade e a ética também se subordinam a esta disputa. O que nos resta, como cidadão, é lutar pelas liberdades individuais capazes de agir democraticamente e aperfeiçoar o sistema.

Zolin

p.s.: repense suas posições políticas e sociais.

Ivan Zolin disse...

Froilam!

Na mensagem anterior a escrita direta produziu erros de grafia e de sintaxe. Os mais gritantes são: "imigrante de origem europeia" e "hegemonia".
Não desqualifique os argumentos, a causa pelo escritor.


Zolin

p.s.: mais uma vez acredito que você seja capaz de rever suas posições ideológicas.