sexta-feira, 28 de março de 2008

AUTOCRÍTICA

Minha coluna do Expresso Ilustrado de hoje, O câncer do planeta, necessita de um adendo, de um comentário. Primeiramente, justifico a escolha como um meio de fazer a crítica ao homem. Um dos meus objetivos é acusar a grandeza do homem (herança inegável da tradição judaico-cristã) como aparente, falsa, reveladora do antropomorfismo que Xenófanes criticava na Grécia pré-socrática. Retomar essa crítica é fundamental. Como sou homem, já represento uma pequeníssima parcela de autocrítica. O título da minha coluna é paradigmático. Todos vêem essa ou aquela cidade, pequena ou grande, como cartão-postal. Orgulham-se delas. Brigam por elas. Quem as representa como nódulos visíveis do câncer causado pelo homem sobre o frágil planeta (que só fortuitamente ofereceu condições para o surgimento da vida)? Quem?



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