terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

REFLEXÕES

O EQUÍVOCO DE ROUSSEAU - Dizer que o homem não é um ser violento, por sua natureza, mas que a sociedade o torna violento constitui a mais cômoda idealização anti-cientientífica dos últimos séculos (marcados pela cientificidade). Cômoda porque preserva o mito judaico-cristão de que o homem descende de um deus infinitamente bom.
A sociedade perverte, porque seus integrantes, nada mais do que homens, são maus desde a origem.
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O SÁBIO ALEMÃO - Engana-se quem acha que o título ao lado se refere a Nietzsche. Desta vez, trata-se do maior poeta da língua alemã (citado pelo filósofo em sua Da Utilidade e do Inconveniente da História para a Vida): GOETHE. De acordo com o grande sábio, o homem, ao mesmo tempo em que cultiva suas virtudes, cultiva seus vícios.
Essa verdade precisa ser compreendida por aqueles que ainda acreditam no homem como um ser exclusivamente bom, isto é, por todos os humanos, à exceção dos sábios.
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INTOLERÂNCIA RELIGIOSA - O homem que crê em um deus representa um gene que compõe o grande organismo da sociedade religiosa. A intolerância é uma de suas principais características, cuja essência é atribuir todo tipo de maldades aos ateus, como se estes fossem responsáveis por classificar a vida como um ato pecador e a Terra, como um "vale de lágrimas".
O rótulo de uma religião é facilmente colado na testa dos fracos (pelo medo) e dos espertos (pela hipocrisia).

Um comentário:

Adriana Parise disse...

Bom Dia!!! Acredito que o ser humano é duo, ora bom, ora mau, depende muito da situação em que se encontra para despertar sua ira ou sua tolerância.Mas há um porém nisso tudo, como seres imperfeitos que somos, devemos buscar conhecimentos para sabermos distinguir até que ponto podemos ser bons ou maus, e até onde isso pode afetar as outras pessoas.

Adorei sua postagem, é um assunto que renderá muito ainda.
Beijos!!!!