sexta-feira, 2 de novembro de 2007

HISTÓRIA DA FILOSOFIA

Discordo de quem defende que o estudo da Filosofia prescinde da sua história. Isso equivale a dizer que a parte pode ser conhecida independente do todo (recaindo no mesmo equívoco do mecanicismo cartesiano). Asseguram que basta pensar para fazer filosofia. É o que as escolas oferecerão como currículo a alunos que não conhecem história alguma e não querem pensar tampouco. Há dez anos, fiz esta experiência: passei a me questionar sobre o que é a verdade, independentemente de tudo o que havia lido a respeito. Pois bem, o máximo que consegui foi chegar a meio caminho da "essência da verdade" de Heidegger, longe do símile "verdade é liberdade". Este exemplo pessoal, todavia, não me dará autoridade para dizer que é possível pensar sem conhecer os pensadores, o que eles pensaram. Desde os pré-socráticos aos pós-modernos. A Filosofia se confunde com as ciências atuais (que ainda não apresentam sua necessária sustentabilidade empírica). Foi assim na Grécia de Aristóteles, não será diferente no século XXI. O conhecimento filosófico se constrói sobre as fundações e os arcabouços intertextuais.

Nenhum comentário: