segunda-feira, 10 de setembro de 2007

AUTORES SANTIAGUENSES

Os autores homenageados são: Manuel do Carmo, Zeca Blau, Ramiro Frota Barcelos, Túlio Piva, Antonio Carlos Machado, Sílvio Duncan, Carlos Humberto Aquino Frota, Jaime Medeiros Pinto e Caio Fernando Abreu. Manuel do Carmo não merecia nosso desconhecimento. Foi poeta, filólogo e pensador . Pelas suas obras, podemos ter uma vaga idéia de sua grandeza: Caminho de luz (1909); Sanchismo – Ensaios filosóficos (1913); Hino à inveja (1915); Setembro (1917); Consolidação das leis do verso – Tratado de metrificação (1919); Cantares da minha terra (1924); Coment aprendre le français em quelques leçons aux – Méthode directe, 2º année (1938); A marcação (1940); Gloire (poemeto em francês). Tratado de metrificação, escrito com apenas 27 anos, é extraordinário. Zeca Blau (pseudônimo de José de Figueiredo Pinto) é conhecidíssimo dos santiaguenses, dispensa comentários. Ramiro F. Barcelos foi médico, poeta, ficcionista e conferencista, presidente da Academia Sul-Rio-Grandense de Letras em 1971. Túlio Piva não apenas compôs sambas e chorinhos, como Tem que ter mulata, Gente da noite e Pandeiro de prata, mas legou-nos excelentes sonetos. Antonio Carlos Machado é outro que destaco por sua genialidade em arte menor (até 7 sílabas). Nascido na Vila Flor. Sílvio Duncan participou do Grupo Quixote, a iniciativa de trazer o modernismo ao Rio Grande (que permanecia simbolista). Carlos H. A. Frota era possuidor de uma inteligência e de um estilo que lembra Antônio Vieira, Machado de Assis, Rui Barbosa... Jaime Pinto, por sua vida dedicado ao rádio e ao tradicionlaismo, certamente é uma das mais conhecidas personalidades santiaguenses. Escreveu versos crioulos, à maneira de Jayme Caetano Braun (seu mestre). Caio Abreu ainda não recebeu todas as homenagens que merece, em vista de seu destaque na literatura nacional, pós-moderna.

Um comentário:

Júlio César de Lima Prates disse...

Permito-me discordar do amigo e sugiro que peças a opinião abalizada do Oracy sobre o que vou afirmar: Caio Abreu não suportava poesia e destestava poetas; ademais, não fazia questão de esconder sua posição. Por tudo, não concordo com sua afirmação, qualificando Caio como poeta. ABS
JULIO PRATES