terça-feira, 4 de setembro de 2007

AS ESTAÇÕES

A Terra, noiva, tece um longo véu
de tenras brotações e lindas flores.
Espera aquele que virá do céu,
por meses de perfumes e de cores.

O Sol amado, intenso de paixão,
Se precipita sobre a frágil Gaia,
que queima a pele e foge ao rapagão
(playboy vestido num calção de praia).

Um vento brando sopra no arvoredo,
caindo as folhas (gotas de abandono).
A Terra esconde agora seu segredo,
em meio ao doce coração do pomo.

Distante o Sol, terrível o relento
a enregelar a tez da austral manhã.
Sozinha aTerra, sob um céu cinzento,
passeia num casaco de astracã.

(Há tempo escrevi esse poema sobre as estações. Estava "perdido" dentro de uma caixa com papéis.)

3 comentários:

Diego M. Neves disse...

Depois de bastante tempo, volto a deixar minhas palavras por aqui. O tempo torna-se cada vez mais curto para o lazer na internet.

Tal poema despertou minha aten�o e me fez achar em t�o poucos momentos de "folga" alguns minutos para comentar minha admira�o.

Seu blog est� se tornando leitura di�ria obrigat�ria por aqui.

Com esse poema, noto em todas as coisas citadas tudo o que passa dentro de todos n�s. Tenho essa "mania" de relacionar tudo o que leio com os sentimentos humanos. Se a inten�o era essa, n�o sei, por�m, minha vis�o (nem sempre correta) foi por esse lado.

Grande Abra�o!

Anônimo disse...

Tempo...O que mudou em vc,?seus olhos ainda vibram ante o azul do céu? Só passei para dar um oi...

Anônimo disse...

Ainda tens poesias de 20 anos passados?Uma em especial,Teus olhos meus?