quarta-feira, 1 de agosto de 2007

PORTO ALEGRE


A capital está no mesmo lugar, ao lado do Guaíba, sob um céu azulíssimo (raro nestes dias). Cheguei com a aurora delineando os contornos mais altos de Porto Alegre. A viagem que, a princípio, seria agradável com a companhia de Júlio, Lizi, Márcio e Rodrigo, terminou num sufoco brabo. A ar condicionado a 23ºC não me deixou dormir tranqüilo, sonhei com água mineral, me cozinhou os pés, imobilizado no assento da janela. Fui obrigado a tirar jaqueta, blusão de lã e não foi suficiente para me sentir bem. Desci do ônibus direto para uma garrafa de água. Tomei café com a Tânia (irmã), Lelo (cunhado), Natália e André (sobrinhos). Na Policlínica, a mulher catava milho no teclado, saí às nove e meia de lá. Ataquei o centrão pela Jerônimo Coelho, onde se localizam sebos de primeira. Lelo fez mate em seu escritório de advocacia. Saímos para almoçar, passando pela Galeria Chaves, Rua da Praia, Alfândega...
Gosto desta cidade, apesar de ter vivido momentos tristes no ano que passou. As boas lembranças me transportam para os anos oitenta, quando morei aqui, desenhava na rua, cursava Artes Plásticas no Instituto de Belas Artes do UFRGS. Depois retornei ao Rincão dos Machado, para o Mato da Erva (como diz o Cláudio, meu irmão). Também gosto daqueles campos, matos e do rio Rosário.
Perdão por essa tergiversação romântica.
Apressei para chegar à Clínica Serdil antes da 15 horas. Primeiro mundo em tecnologia e atendimento. Meu pé esquerdo é imobilizado para a ressonância nuclear magnética (deve ser uma leitura feita com átomos da parte analisada do nosso organismo). A moça me recomenda que não devo mudar de posição enquanto a máquina fizer ruído. Quarenta minutos deitado, sem cochilar, uma vez que o acalanto da máquina não era agradável aos meus ouvidos. Agora vejo o crepúsculo pela janela, obstruído em parte por um edifício.
Feita esta postagem, até a próxima.

Nenhum comentário: